15/03/2012

Capítulo 15 – Um Dia Triste












As festas acabaram e Joseph regressou a França. 

















A minha rotina ali naquela vila solitária, era cada vez maior e mais estafante, pois o meu tio encontrava-se cada vez mais debilitado e sem possibilidade de me ajudar.

















Agora mal saia de casa por isso todo o trabalho sobrava para mim. O empregado doméstico só se limitava à limpeza e arrumação dentro de casa dizendo que não era nenhum agricultor ou pastor.

















Apesar de Alberto mal se poder mexer ainda julgava poder vir a fazê-lo um dia, e como prova disso nem me deixava levar o prato dele para a mesa e nem me deixava desfazer de alguns animais continuando a afirmar que um dia que estivesse melhor voltaria a tratar deles sem precisar da minha ajuda.

















Há noite eu sempre arranjava um tempinho, antes de me deitar, para conversar com Joseph. Ele sentia-se incomodado com a minha forma de vida dizendo que não era vida para ninguém, ali estava a perder muitos anos da minha vida e só daria valor mais tarde. Mas que podia eu fazer? Não iria abandonar o meu tio e jamais o colocaria num lar de idosos. Aquele era o meu dever enquanto sobrinha.

















Rufus sempre ia ter comigo ao quarto, a expressão dele ao olhar para mim, dava dó, parecia que sentia todo o meu sofrimento. Rufus era um fiel amigo, não largava do meu pé, perseguia-me todo o dia durante as minhas tarefas.

















Misty, pelo contrário era muito agarrada ao meu tio, quando ele se sentava a ver TV ela não parava de lhe ruçar as pernas o tempo todo. Ao deitar, dormia com ele como se quisesse vigia-lo de noite também.

















Rufus deixava-me sempre adormecer para depois subir de mansinho na minha cama para depois dormir lá a noite. Cansada como eu sempre estava só dava por ela de manhã quando acordava, mas com a expressão que ele fazia nunca consegui ralhar com ele.

















Um dia, já a meio da manhã estranhei o meu tio não sair do quarto, então fui ter com ele.





BeAz – Tio está tudo bem?


Alberto –Sim, porque haveria de não estar?


BeAz –Hoje ainda não saiu do quarto por isso estranhei.


Alberto –Estou a ler um livro, ou será que agora já não posso ler?


BeAz –Sim, claro que pode. Posso servir o almoço?


Alberto –Quando tiver fome irei almoçar. Se quiser sair, faça-o, não se preocupe comigo.





Aquilo me soava muito estranho e nos últimos dias nem saia para lado nenhum, era o criado ou a carrinha da entrega que trazia as compras. Porque ele estaria a dizer aquilo?
















Mais tarde.





BeAz – Tio, já são 3h da tarde, trouxe algo para você comer.


Alberto –Está bem, deixa ficar aí que eu já pego.

















Aquilo não me estava a suar nada bem, nem para ir à casa de banho o vi levantar, como poderia isso ser? Resolvi chamar um médico a casa.
















Depois de examinar Alberto.





BeAz – E então, Sr. Doutor?


Doutor – Eu não a quero assustar, D. BeAz mas o seu tio tem uma paralisia, terá de o levar ao hospital para fazer exames, aqui não lhe posso informar mais nada. Telefone depois para marcar uma consulta.
















Depois de dar banho ao meu tio e deixar-lhe uma fralda, decidi que já era trabalho demais para mim. E como ele já não se levantava, era altura de eu atuar, pois já não aguentava com todo aquele trabalho com os animais fará agora com o meu tio entrevado numa cama. Aproveitei Joseph ter se disponibilizado para quando eu quisesse levar Balin a Osmar que ele cuidaria dela, e assim fiz. Ele logo se prontificou me tranquilizando que ela ficaria bem entregue. Eu tinha a certeza que sim.
















Regressei a casa para receber a Proteção Civil dos Animais que chamara, alegando que não poderia cuidar mais deles uma vez que teria de cuidar do meu tio, agora entrevado. Só iria ficar com Rufus e Misty. Ao ver tudo tão vazio não aguentei a emoção e chorei.
















No dia seguinte quando cheguei ao quarto do meu tio, ele não respirava, de imediato chamei o 112 e levaram-no ao hospital. Impaciente eu esperava o médico cá fora.

















Doutor – Lamento, BeAz, não conseguiram fazer mais nada. Foi um AVC fatal, deve lhe ter dado durante a noite. Os meus sentimentos.





Levei as mãos à boca e respirei fundo para conter um ataque de choro. Rufus, depois de uma correria atrás da ambulância acabava de chegar e começara a uivar. Agarrei-me a ele a chorar e voltei para casa.
















Cheguei a casa e liguei para Joseph, para lhe contar o sucedido, ele prontificou-se logo a ir ter comigo para me apoiar e ajudar no que fosse preciso, chegaria amanhã de manhã.
















Passei o resto do dia sentada no sofá da sala sem apetite e sem saber o que fazer. Pela primeira vez, não tinha nada para fazer. E Rufus chorava comigo uivando e esticava a pata como se quisesse me dizer alguma coisa.
















Depois de tanto chorar e já de madrugada, acabei por adormecer na cama do meu tio.
















A campainha tocou e eu dei um salto na cama. Era Joseph, tinha partido no primeiro voo e já estava à porta de casa.
















Abracei-o e apertei-o tanto quanto podia, parecia que com isso conseguiria segurar as lágrimas que teimavam em querer escorregar pela minha cara a baixo.
















Depois de nos prepararmos para o enterro seguimos para o cemitério. Mais uma vez chorei como uma desalmada e Rufus acompanhou-me.
















À saída do cemitério Joseph perguntou-me por Misty. Rufus perseguia-me para todo o lado mas Misty, onde estaria Misty? Nisto, Rufus ladra ao ouvir a palavra Misty.





BeAz – Agora percebo o que Rufus queria me dizer ontem à noite o tempo todo me esticando a pata, ele queria me chamar a atenção para Misty.

















BeAz – Tu sabes, Rufus, sabes onde está a Misty?





Rufus abanou a cauda e ladrou. Claro que ele não sabia, por isso tentou me avisar o tempo todo. Ela desaparecera no dia que Alberto foi para o hospital e nunca mais voltou.

















Seguimos para casa a pé na esperança de ainda encontrar Misty pelo caminho.

















Chegámos a casa e nada de Misty. Joseph ligou para a Protetora de Animais mas ninguém encontrou a Misty, ficaram de ligar se a encontrassem. Joseph mudou de roupa e foi preparar alguma coisa para pormos no estômago. Eu sentia fome pois já não tinha jantado no dia anterior mas não tinha apetite nenhum.

















Enquanto isso eu encostei-me no sofá e acabei adormecendo.

















Joseph – tens de fazer um esforço para te alimentares, não podes ficar assim tanto tempo sem comer.


BeAz –Eu tenho noção disso mas a comida não passa na garganta.


Joseph –Come pelo menos duas ou três garfadas.













Depois de jantar, Joseph arrumou a cozinha enquanto eu me deitava. Depois foi ler para a minha beira enquanto eu adormecia.










No dia seguinte fizemos as malas e passámos por casa de Osmar. Eu não queria ficar nem mais um segundo naquela casa. Mas também não sabia bem para onde ir pois não me apetecia ir para lado nenhum. Joseph disse para eu não me preocupar, iria com ele até que me sentisse bem para refazer a minha vida. Claro está, o Rufus iria connosco. Joseph também não tinha planos para voltar a Appaloosa por isso deixou a sua casa a Osmar, seu grande e inseparável amigo de infância. Osmar também trataria da venta da casa do meu tio.




27 comentários:

  1. Eita! Que triste! =(
    Mas enfim, é a vida. Ele já tava com o prazo de validade vencido!!!
    (acho que a BeAz cansou da lida no campo e resolveu acabar com tio, kkkkkkkkkkkk)
    BeAz, eu sugiro que vc vá para Starlight Shores. É uma cidade linda, estou pensando em passar umas férias por lá.

    beijos!

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  2. Obrigada pelo apoio Meg! (irónico) De fato além da tristeza sinto um certo alívio de todo aquele trabalho.
    realmente não sei para onde Joseph me levará mas julgo que será para França, pois é lá a atividade profissional dele.

    Beijinho!

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  3. Oi Beaz!
    Obrigada pelo comentário e pelo carinho!!!
    Não sei se já coloquei seu blog lá no meu, mas se não, vou coloca-lo agora mesmo!
    Grande abraço e fique de olho nas novidades de "LIÇÕES DA VIDA"!

    Beijinhos - Jeh♥

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    1. Oi Jessica! Obrigada por acompanhar o meu diário.
      Ficarei sempre atenta ao seu.

      Beijinhos!

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  4. Que povo desnaturado! Meg parece que naum tem parente, tem a coragem de dizer que o velhinho tá com validade passada, e a outra chega ao cúmulo de matar o avô só pra ficar com o macho!
    Que família é essa!!!???

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    1. Não de que outra você está falando não, Cris! E de quem era o avô que morreu? O meu tio morreu de AVC, você lembra ou está com amnésia? E para lembrar também, a sua saúde foi piorando, ele já era muito idoso.

      Beijinho, fica bem!

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  5. Amiga, queria te oferecer um selinho!
    Não é um selinho elogiando o blog, mas é um selo de uma campanha!

    A campanha da leitura!

    Já que nós escrevemos, e bastante gente lê, é sempre bom inspirarmos e instruirmos as pessoas a lerem sempre mais, não é?

    Se quiser participar, entre nessa página,

    http://historias-sims3.blogspot.com.br/p/campanha-da-leitura.html

    escolha um dos três selinhos que mais lhe agradar e cole no seu blog para fazer parte dessa corrente que cultiva o ato gostoso de ler!

    Beijinhos ^^) Jeh♥

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  6. AAAAAAAAAAAAI QUE PENINHA :"(
    Gostava do seu tio reclamão,e a Misty? ooo dó
    Lembrei de quando minha cachorrinha morreu lendo este capítulo :/
    Mas enfim BeAZ,passa no meu blog e acompanha meu novo diário? *-*
    http://annearchanjo.blogspot.com.br/ :3

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  7. Pois é carina, os bichinhos sentem a morte dos donos e Misty por certo ficou tão triste de desapareceu à procura do dono, ou como se diz, os bichos quando presentem a morte vão morrer longe. será que foi isso que aconteceu com a Misty? :(

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    1. Ahhh tomara que não tadinha :( As vezes ela está rondando pelo cemitério :/

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    2. Eu também acho Carina, ela quer é ficar ao pé do seu dono por isso deve rondar por lá.

      Bom fim de semana!
      Bjs :)

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  8. Seguindo BeAz, adorei sua história, fiz o blog pra seguir você ! *--*

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    1. Olá Barbara, fico muito feliz por vê-la por aqui.
      Obrigada por acompanhar o meu diário.

      Vou dar uma espreitadela no seu blog e comentarei lá.

      Beijinho, fica bem!

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  9. obg pelo comentario BeAz ! *-*
    vai continuar a historia quando ?! ( ansiosa pra saber o que vai acontecer ..

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    1. O mais breve possível, Bárbara. Nesta altura da Páscoa há muito trabalho na minha empresa por isso o tempo tem sido limitado. Fique atenta!

      Beijo!

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  10. Nossa BeAz, muito triste mesmo! :'( Tadinho de seu tio. :'( Como a Meg havia falado: - Ele já tava com o prazo de validade vencido!!!
    Enfim, estou a acompanhar de volta a tua história, pois quase nem havia mais tempo pra mim.
    Digo o mesmo que Meg, vá a Starlight Shores. ;)

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  11. Gostaria de fazer parceria?
    Meu blog é http://minhavidanothesims3.blogspot.com.br/.
    Desde já agradeço.

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    1. Olá Karen!

      Já adicionei a sua banner.
      Tentarei seguir e comentar o seu diário, aguardo também que siga o meu.

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    2. Já estou aqui,e amando esta historia,apesar de triste,muito criativa.
      Irei seguir o teu blog.
      Bjos

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  12. Gosto de sua história mas vc nunca mais atualiza....
    Atualize rápido
    Fique bem

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    1. Não sei quem você é mas muito obrigada por seguir o diário de BeAz!
      Estou quase a publicar uma atualização, é que este diário vai sofrer uma transformação, aguarde para ver.

      Abraço!

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    2. Sou a Maria portuguesa, sigo o diário de Meg e lá vi falar muito de vc decidi explorar e , assim que vi que nunca mais atualizava decidi comentar.
      Obrigada por responder rápido Meg demora séculos...

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    3. Obrigada Maria, para mim é uma honra receber uma portuguesa no meu diário, pois eu também uma sou portuguesa com muitos amigos brasileiros e até de outros países, adoro todos eles.
      Continue acompanhando!

      Beijinho!

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  13. Adorei este primeiro diário!
    Foi muito triste a morte de Alberto. Espero que BeAz recupere e recomece a sua vida com Joseph. :D
    Beijinhos

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  14. Obrigada Rita por estar sempre presente nas minhas histórias.

    Beijinho grande!

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